terça-feira, 4 de setembro de 2012

January 5th - Into Napi Road (H1-1)


Acordamos cedo no dia 5 de Janeiro para nosso segundo dia completo no Kruger. Após o café da manhã no restaurante do campo, saímos para um passeio por Pretoriuskop, com suas cabanas bonitas e árvores interessantes, como a Sausage Tree das fotos abaixo. Na primeira, a árvore entre duas cabanas, na segunda, detalhe do fruto. Este é um fruto enorme e há sinais avisando "cuidado com frutos de sausage tree em queda". É um bom aviso!



Não levamos muito tempo, contudo, para tomar a estrada para Skukuza, o campo para onde nos mudaríamos naquele dia. Subimos a Napi Road (H1-1), com um pequeno desvio por um dos loops ao redor de Pretoriuskop (S14). Vimos somente um ninho de tecelão no loop e tomamos o asfalto de Napi Road novamente, a caminho de Skukuza.

Na Napi Road, vimos até a entrada de Shitlhave Dam: 1 Kudu (Tragelaphus strepsiceros), 1 Estorninho grande de orelha azul - Greater Blue-eared Starling (Lamprotornis chalybaeus), 1 Rola-do-Senegal (Streptopelia senegalensis), 1 Rola-do-Cabo (Streptopelia capicola) and 1 Codorniz-arlequin Quail (Coturnix delegorguei). Na curta estrada de terra até Shitlhave Dam, teríamos uma grande surpresa. Mas isso é assunto para outra postagem!

Uma coisa que nos impressionou na Napi Road foram as primeiras árvores com a casca comida por elefantes que vimos. Foram as primeiras de muitas. Elas são um testemunho da capacidade dos elefantes de mudar a paisagem. De fato, elefantes são bem conhecidos como engenheiros de ecossistemas nas savanas africanas, isto é, eles reconstroem a paisagem alterando as condições de vida de muitas outras espécies. Esta é uma das razões pelas quais uma grande população de elefantes, como temos no Kruger agora (mais de 13.000 elefantes), acarreta preocupações. Matar elefantes é uma solução muito controversa (ver Van Aarde, R. et al. Culling and the dynamics of the Kruger National Park African Elephant population. Animal Conservation (1999) 2:287-294). Pessoalmente, sou contrário a ela, embora certamente compreenda como este é um dilema difícil em termos do manejo. Se a ideia de fazer outro parque transfronteiriço (como Kgalagadi) combinando o Kruger e parques em Moçambique se tornar realidade, grande parte do problema poderá ser resolvido. De qualquer modo, este é um caso que mostra quão complicada pode ser a conservação se parques fechados forem a única ou mesmo a principal opção, como se tornou através de todo o mundo.


Finalmente, esta última foto mostra um Estorninho grande de orelha azul - Greater Blue-eared Starling. Acho que foi a única vez que vimos essa ave na viagem. Ela não está ameaçada de extinção e forrageia em árvores e no chão. Era isso que ela estava provavelmente fazendo na estrada de asfalto, procurando comida, que pode ser insetos, frutos e pequenos invertebrados (como aqueles saborosos rola-bosta tão abundantes nas estradas do Kruger).



We woke up early in January 5th for our second full day in Kruger. After breakfast in the camp restaurant we went to a stroll around Pretoriuskop, with its beautiful huts and interesting trees, like the sausage tree in the pictures below. In the first, the tree between two huts, in the second, a detail of the fruit. This is a huge fruit and there are signs saying “beware of falling sausage tree fruits”. Good warning!

We didn’t take long, however, to follow the road to Skukuza, the  camp wo which we would change that day. We went up Napi Road (H1-1), a tar road, with a short detour through one of the loops around Pretoriuskop (S14). We saw just a weaver’s nest in the loop and drove the tar of Napi Road once again in the direction of Skukuza.

In Napi Road, we saw up to the entrance to Shitlhave Dam: 1 Kudu (Tragelaphus strepsiceros), 1 Greater Blue-eared Starling (Lamprotornis chalybaeus), 1 Laughing Dove (Streptopelia senegalensis), 1 Cape Turtle-Dove (Streptopelia capicola) and 1 Harlequin Quail (Coturnix delegorguei). We were up to a great surprise when entering the short gravel road to Shitlhave Dam. But this is the topic for another posting!

One thing that impressed us in Napi Road were the first trees with the bark eaten by elephants that we saw. These were the first of many. They are a testimony to the elephants’ capacity to change the landscape. Indeed, elephants are well known as ecosystem engineers in the African savannah, that is, they rebuild the landscape altering the conditions of living of many other species. Sometimes this can be even critical to the environment and to other creatures. This is one of the reasons why a large elephant population, as we have in Kruger now (more than 13,000 elephants), leads to worries. Culling is a very controversial solution (see Van Aarde, R. et al. Culling and the dynamics of the Kruger National Park African Elephant population. Animal Conservation (1999) 2:287-294). Personally, I am against it, even though I certainly understand how difficult this management riddle is. If the idea of making another transfrontier park (as Kgalagadi) combining Kruger and parks in Mozambique becomes reality, a great deal of the problem might be solved. Anyway, this is a case that shows how tricky is conservation if enclosed parks become the only or even the main option, as it is becoming throughout the world.

Finally, the last picture shows a Greater Blue-eared Starling. I think it was the only time we saw this bird in the trip. It is not threatened by extinction and forages in trees and on the ground. That’s what he was probably doing in the tar road, looking for food, which can be insects, fruits and small invertebrates (such as those yummy dung beetles so abundant in Kruger roads).



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